Publicado em 08 de Outubro de 2013

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Há 20 anos, o agricultor Ivo Durigon, de Descanso, no Extremo Oeste, resolveu migrar a lavoura convencional para a orgânica. Motivado pelo sucesso financeiro, em 2004 passou a produzir 100% em sua propriedade seguindo os métodos agroecológicos, sem insumos químicos. “Saí das dívidas da agricultura convencional para o lucro”. Ivo é vice-presidente da Cooperativa dos Produtores Biorgânicos (CooperBiorga), uma das entidades homenageadas pela Assembleia Legislativa na noite da terça-feira (8), durante ato solene do Fórum Permanente da Agricultura Agroecológica e Sustentável em Santa Catarina.

O reconhecimento e a promoção dos serviços prestados ao desenvolvimento da consciência ecológica marcaram a solenidade conduzida pelo deputado Padre Pedro Baldissera (PT), presidente do fórum. “Queremos promover a conscientização para a produção e para o consumo saudável do nosso povo”, disse.

O deputado afirmou esperar que a homenagem não sirva só como um incentivo à continuidade do trabalho de todos e todas envolvidos na área, mas sim, como um alerta à sociedade e aos poderes públicos, de que se “um planeta vivo e saudável passa pela agroecologia”.

Padre Pedro pontuou diversas ações realizadas pelo fórum em todo o Estado, em parceria com agricultores, associações e entidades ligadas à agroecologia. O destaque foi o VI Seminário Estadual de Agroecologia, em Pinhalzinho, em maio de 2013, que reuniu mais de 2 mil pessoas. “Vamos promover muitos debates sobre o tema ainda, e buscar sempre congregar quem atua na área para, de forma conjunta, lutar por uma política estadual voltada aos agroecológicos”, complementou.

“Não se faz agroecologia sem o papel ativo da mulher”, defendeu Charles Lamb

Famílias agricultoras de todo o estado participaram do ato solene no Parlamento, que recebeu uma exposição dos mais variados tipos de produtos orgânicos cultivados em Santa Catarina. Entre os homenageados, um grupo de famílias de Guaraciaba avançou na mudança da agricultura convencional para a agricultura orgânica. Com apoio técnico do Instituto Federal de Santa Catarina (Câmpus de São Miguel do Oeste) e da Associação das Micro Bacias de Guaraciaba, eles obtiveram do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a declaração de cadastro de produtor vinculado a Organização de Controle Social (OCS). “Estávamos tendo prejuízos e notávamos problemas de saúde, porque cultivávamos fumo. A mudança foi nossa salvação, financeira e da família”, diz o agricultor Olidio Benachio.

Charles Onassis Peres Lamb, do Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (CEPAGRO), falou em nome dos homenageados e iniciou destacando o papel da mulher na agroecologia. “Não se faz agroecologia sem a mulher. Ela é fundamental a todo processo, e por isso o seu papel ganha ainda mais importância no projeto agroecológico”, defendeu Charles.

Ele destacou as centenas de iniciativas no Estado, que mudam a realidade de comunidades inteiras. Também lembrou da importância da assistência técnica, do crédito e principalmente, da demanda por uma política estadual de agroecologia. “Precisamos avançar nestes pontos fundamentais, para garantir que outras famílias tenham melhoria de renda e qualidade de vida”, complementou.

Agroecologia é modelo consolidado, e não alternativa

Padre Pedro destacou a visão de que a agroecologia não é uma alternativa, mas um modelo consolidado, que depende sim de uma política pública específica para que avance em questões básicas, como a transição na produção, e a divulgação para conhecimento dos consumidores. “Se os Poderes Públicos investirem e valorizarem este modelo não tenho dúvidas de que a perspectiva da agricultura terá uma mudança significativa já nos próximos anos”, afirma Padre pedro.

Na visão do parlamentar, o conceito do trabalho é muito mais do que produzir sem veneno; envolve a cultura da família campesina, de cuidado com água, com a terra. Envolve também a saúde, utilizar a natureza em favor da saúde.

“E aqui quero lembrar, também, dos projetos que não estão lá no meio rural apenas, como a agricultura urbana e periurbana, e o trabalho com plantas e ervas medicinais. Tudo isso constitui uma forma diferente de olhar para a vida; é visualizá-la numa totalidade que inclui o alimento, os ecossistemas e a população, interagindo de uma forma em que há um ciclo de cura, de vida, e não um ciclo de doença”, complementou.

1 - Entidades /agricultura urbana

Grupo Comunitário Revolução do Baldinho / CEPAGRO

Em 2008, na comunidade Chico Mendes, no Bairro Monte Cristo, onde vivem cerca de 35 mil pessoas, em Florianópolis, um surto de leptospirose, doença transmitida pela urina de ratos, motivou várias entidades, em parceria com o CEPAGRO, a agir. Foi criada uma frente temporária de trabalho, coordenada por Rose Helena e Nice, com a distribuição de pequenos baldes aos moradores para a separação domiciliar do resíduo orgânico, evitando que as ruas da comunidade continuassem sendo o destino final do lixo, Hoje, moradores de quase 300 residências fabricam toneladas de adubo por mês . Com isso, além de uma fonte alternativa de renda, moradores da comunidade plantam em suas casas cebolinha, beterraba, pepino, couve-mineira, chuchu, tomate e pimenta-malagueta.

Núcleo Assistencial Humberto de Campus – NAHC

O Núcleo Assistencial Humberto de Campos é uma entidade que trabalha na prevenção, recuperação e reinserção social de usuários de drogas e outras compulsões. Foi fundada em 29 de setembro de 1989 e atua em Balneário Camboriú e região. Seu Projeto Concurso de Hortas Orgânicas, de Agricultura Urbana e Periurbana, foi aprovado no Conselho Municipal de Entorpecentes de Balneário Camboriú e tem forte conotação terapêutica.

Laboratório de Educação do Campo e Estudos da Reforma Agrária – LECERA / UFSC

Desde 2006 o LECERA tem uma linha de trabalho no viés da educação do campo e da extensão universitária, sobretudo em Assentamentos da Reforma Agrária e nas periferias empobrecidas dos municípios, nos quais contribui com a educação e a produção de alimentos rigorosamente orientados pela Agroecologia. O laboratório surge, principalmente, da necessidade de preencher uma lacuna e uma deficiência da Universidade Pública em atender a demanda de uma parcela significativa da sociedade que está no meio rural e urbano, cumprindo seu papel fundamental assentado no ensino, pesquisa e extensão.

2 - Entidades /agricultura agroecológica

Associação das Micro Bacias de Guaraciaba

Fundada em 2010, a Associação atua com dois técnicos, em convênio com a prefeitura municipal de Guaraciaba, e dedica-se em tempo integral à agricultura orgânica. Assessora mais de 900 famílias ao ano, nas 40 comunidades de Guaraciaba, em áreas como fruticultura, olericultura orgânica e pastoreio racional Voisin (VOASAN).

Instituto Federal de Santa Catarina / Câmpus São Miguel do Oeste

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) atua com 21 campus em Santa Catarina. Desde 2011 em São Miguel do Oeste, o IFSC oferece sete cursos, entre eles, o curso de Agroecologia. Voltado à realidade socio-econômica da região, o curso auxilia na qualificação da produção agrícola responsável e na difusão de um modelo de agricultura que privilegia a qualidade de vida da população e das famílias do campo.

Comissão Orgânica em Santa Catarina –CPOrg / SC

As Comissões de Produção Orgânica foram instaladas em 2004 e regulamentadas em 2008. Elas atuam nas políticas de desenvolvimento da agroecologia desde a emissão de pareceres sobre a produção orgânica, até a elaboração de planos de aperfeiçoamento da rede de produção no Brasil e no Exterior. A CNPOrg Santa Catarina foi criada em 2005 e desde então contribui para o fomento e para o desenvolvimento da agricultura orgânica e agroecológica no Estado.

Rede Ecovida de Agroecologia em Santa Catarina

ARede Ecovida de Agroecologia é formada por27 núcleos regionais, compostos por cerca de200 grupos de agricultores e agricultoras agroecologistas em170 municípiosdo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, além de mais de 20 ONGs de apoio técnico e articulação política. Atualmente conta com mais de1200 propriedades agroecológicas certificadase 800 com o processo em andamento, além de outras 1000 que não demandaram a certificação, mas participam ativamente da construção dos Sistemas Participativos de Garantia.

Núcleo e Estudos em Agrobiodiversidade-NEABio/ UFSC

O NEABIO da UFSC foi fundado em março de 2001 por professores do Departamento de Fitotecnia da UFSC, com a finalidade de constituir uma rede de pesquisa, ensino e extensão, visando a soberania alimentar e o desenvolvimento sócio-econômico de comunidades rurais, balizados em estratégias participativas de manejo, caracterização, melhoramento genético, uso e conservação sustentável da agrobiodiversidade catarinense. O NEABIO tem atuado em municípios do Oeste de SC, em parcerias com associações de agricultores, cooperativas, sindicatos e movimentos sociais, além de contar com o apoio das prefeituras de Anchieta, Guaraciaba e de grupos religiosos.

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – EPAGRI

Vinculada ao Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, a EPAGRI foi criada em 1991. Entre suas atividades em todos os municípios catarinenses, promove a preservação, recuperação, conservação e utilização sustentável dos recursos naturais. A EPAGRI promove a adequação dos produtos às exigências dos consumidores, e a melhoria da qualidade de vida do meio rural e pesqueiro.

Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral – AGRECO

A AGRECO foi criada em 1996, e é resultado da reação do povo das Encostas da Serra Geral, no Sul do Estado, contra os problemas causados pelo individualismo na agricultura e pela corrida para aumento da produtividade, com o uso de insumos químicos. Um supermercadista local desafiou agricultores a produzirem hortifrutigranjeiros de forma organizada e ecológica, e a iniciativa cresce até hoje.

Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo – CEPAGRO

O Cepagro é uma entidade que há 23 anos promove a agricultura de grupo, e integra diferentes espaços públicos, como: Conselho Estadual do Pronaf, Comissão Estadual de Produção Orgânica, Conselho Estadual do Desenvolvimento Rural, Centro Ecumênico de Apoio ao Desenvolvimento, Fórum Estadual e Fórum Regional de Economia Solidária, Comitê Estadual de Alternativas para a Cultura do Tabaco/DFMDA, Rede Monte Cristo, Coordenação da Rede Ecovida. O Cepagro tem o compromisso maior de organizar comunidades rurais e urbanos em prol da agroecologia.

Cooperativa Mista de Produção, Industrialização, Comercialização de Biocombustíveis e Produtos Agropecuários do Sul do Brasil - OesteBio

Mais de 1.400 agricultores de 85 municípios de Santa Catarina são beneficiados em um projeto que qualifica o trabalho de produção de sementes crioulas. A fundação da Oeste Bio, em maio de 2007, foi um marco para a agricultura familiar e camponesa. A indústria hoje tem capacidade para beneficiar cinco mil toneladas de sementes de milho, feijão e pastagem, empregando em torno de 60 funcionários. O trabalho realizado em conjunto pelos agricultores já se tornou referência nacional e internacional neste segmento.

APACO- Ass. dos Pequenos Agricultura do Oeste Catarinense

A APACO, fundada em 20 de novembro de 1989, com sede em Chapecó, tem como objetivo estimular e assessorar o desenvolvimento da agricultura de grupo na região oeste de Santa Catarina. É formada e dirigida por grupos de agricultores familiares que se organizam e desenvolvem atividades de forma cooperada. Contou com o apoio decisivo do movimento sindical, popular e da igreja, para implementar um novo modelo de desenvolvimento, baseado na solidariedade e sustentabilidade. .Fundamenta-se na agro ecologia e na agroindústria familiar associativa de pequeno porte.

Grupo Agroecológico Guapovida

O Grupo GUAPO VIDA, sediado no município de Descanso, é formado por cinco famílias e teve seu primeiro encontro de estudos no dia 06 de maio de 2004. Além da produção de alimentos e sementes crioulas, o grupo trabalha com o Pastoreio Racional Voazan, com piqueteamento de gramíneas e leguminosas, produzindo leite a base de pasto, usando produtos homeopáticos e fitoterápicos.

Associação dos Pequenos Agricultores Produtores de Sementes Crioulas Orgânicas e Derivados – Asso

A ASSO surgiu da necessidade de organizar a produção de sementes de milho crioulo e de outras espécies, sendo fruto do projeto de recuperação das sementes desenvolvido no município de Anchieta a partir de 1997. Atualmente a ASSO também mantém um moinho de farinha e canjica de milho crioulo, que comercializa localmente. O trabalho das sementes crioulas inspirou políticas públicas diversas na área de sementes, seguro agrícola e agroecologia e se transformou numa bandeira mundial em defesa da soberania e segurança alimentar dos povos.

Associação Ecológica Recanto da Natureza

A Associação Ecológica Recanto da Natureza foi iniciada em 1997, quando os Irmãos Voges começaram a fazer um trabalho de conscientização com visitas técnicas a produtores orgânicos em cooperativas do Rio Grande do Sul. Atualmente, reúne agricultores voltados para as atividades de agroecologia e possui u sede na comunidade da Vargem do Braço em Santo Amaro da Imperatriz. Atualmente a associação conta com 50 membros e trabalha com mais de 50 produtos orgânicos, com destaque para o alface e a cenoura.

Cooperativa dos Produtores Agroecol. de Joinville e Região - Coopaville

A COOPAVILLE, Cooperativa dos Produtores Agroecológicos de Joinville e Região, trabalha para a alimentação escolar e participa do Programa de Aquisição de Alimentos, da CONAB, através da compra produtos da agricultura familiar. Hoje, a COOPAVILLE produz e comercializa hortaliças, frutas, pães e ovos

Associação dos Colonos Ecologistas do Vale Mampituba – Acevam

A ACEVAM, Associação dos Colonos Ecologistas do Vale Mampituba, fundada em 04 de Outubro de 1994, é um espaço coletivo de organização e fortalecimento da agroecologia. Seu trabalho aponta na direção da diversidade e de iniciativas que possam vislumbrar os sinais de uma nova formação social, que tende a superar a lógica irracional de concentração de riquezas, exclusão social e de destruição dos ecossistemas. Por isso a ACEVAM insiste no semear do fortalecimento da agricultura familiar ecológica e do consumo consciente.

Cooperativa Ecológica dos Agricultores, Consumidores e Artesãos da Região Serrana - EcoSerra

A Ecossera é composta majoritariamente por Agricultores Familiares, desde a produção até a área administrativa. Fundada em 1999 pela iniciativa de organizações envolvidas com movimentos sociais, tem foco na agricultura familiar, através da assessoria técnica do Centro Vianei de Educação Popular.

Cooperativa Ecológica de São Joaquim e Região – Econeve

A Econeve, com sede em São Joaquim, é composta por 40 sócios, onde predomina a Agricultura Familiar. Fundada em 05 de fevereiro de 2001, e pioneira na Produção de Maçãs Agroecológicas em Santa Catarina, a Econeve hoje conta com produção de frutas, hortaliças, sucos e outros processados. De 2012 para cá, a Econeve passa por um processo de reorganização ampliando seu quadro de sócios e diversificando ainda mais a produção orgânica de alimentos.

Cooperativa dos Produtores Bioorgânicos – Cooperbiorga

A COOPERBIORGA, fundada em 04 de abril de 2001, abrange o Oeste e o Extremo Oeste de SC e Noroeste do RS e conta atualmente com aproximadamente 98 sócios. Produz, beneficia e comercializa os seguintes produtos agroecológicos, como: açúcar mascavo, canjica amarela e branca, farinha de milho. farinha de trigo integral, feijão, gergelim, pipoca, soja em grão, trigo em grão, semente de milho crioulo, sementes de adubação verde de diversas espécies. No ano de 2008 os esforços estão focalizados na fábrica de óleos vegetais virgens orgânicos na filial de Erval Seco (RS) que terá óleos de gergelim, linhaça, girassol, amendoim e soja.

Associação dos Agricultores Ecologistas de Ituporanga – Aecit

Fundada no final do ano de 1996,a AECIT - Associação dos Agricultores Ecologistas de Ituporanga, compreende um grupo de 16 famílias e cobre a região do alto vale, em parceria com mais oito associações. A AECIT produz e comercializa cerca de 60 produtos em feiras, comércios em geral e alimentação escolar.

Movimento de Mulheres Camponesas – MMC

O Movimento de mulheres camponesas de SC completa 30 anos em 2013, luta contra o modelo capitalista e patriarcal de agricultura e pela construção de uma sociedade com igualdade de direitos. Sua principal bandeira é o Projeto de Agricultura Camponesa Ecológico, com uma prática feminista, fundamentado na defesa da vida, na mudança das relações humanas e sociais e na conquista de direitos.

Cooperativa Regional de Industrialização e Comercialização Dolcimar Luiz Bruneto –COOPERDOTCHI

Fundada em 2006, a Cooperdotchi é fruto da luta do MST ( Movimento Sem Terra) pela reforma agrária, pela produção e comercialização de alimentos orgânicos e agroecológicos. Tem a missão de produzir alimentos saudáveis, promovendo a agroecologia e fortalecendo a cooperação entre assentados da reforma agrária e a agricultura camponesa, garantindo sustentabilidade econômica, ambiental e social.

3 - Pessoas físicas / Agricultores Familiares:

Homenageados pelo pioneirismo na comercialização de produtos orgânicos não certificados diretamente ao consumidor, inserida em processos próprios de organização e controle social, nos termos da Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003, que dispõe sobre a agricultura orgânica.

O Instituto Federal de Santa Catarina (Câmpus de São Miguel do Oeste) e a Associação das Micro Bacias de Guaraciaba deram todo o apoio técnico necessário para a formação do grupo, que obteve do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a declaração de cadastro de produtor vinculado a OCS – Organização de Controle Social.

- FAMÍLIA WARTHA

- FAMÍLIA KNOB

- FAMÍLIA ZAPELINI

- FAMÍLIA STEFFENS

- FAMÍLIA BENACHIO

4 - Pessoas físicas / Ambientalistas

- GLAICO JOSÉ SELL

Há dezoito anos trabalhando integralmente com a agroecologia, o ambientalista Glaico é proprietário do Sítio Dom Natural, Np município de Paulo Lopez, onde promove a recuperação de solos que proporcionam alimentos ricos em nutrientes. Comercializa produtos orgânicos in natura e beneficiados na Ecofeira da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, e é membro do Conselho da Biosfera da Mata Atlântica.

ALÉCIO DOS PASSOS SANTOS

Uma das maiores autoridades catarinenses em plantas medicinais, o ambientalista Alécio (ou Bruxo, como carinhosamente é chamado por colegas de trabalho) é professor de fitoterapia e pesquisador etno-botânico. Nasceu e mora na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, onde cultiva seus amores, suas plantas e rega, dia a dia, sua relação de irmandade com a natureza. Licenciado em Estudos Sociais e especialista em Educação Ambiental pela UDESC, Alécio coordena o projeto Farmácia da Natureza Itinerante, promovido pelo mandato do deputado Padre Pedro Baldissera, preside o Comitê de Gerenciamento das Águas da Lagoa da Conceição, a Fundação Lagoa, e a AMOLA (Associação dos Moradores da Lagoa).