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 Padre Pedro alerta para perigoso “clima de violência e Estado de exceção” no Brasil

Publicado em 11 de Outubro de 2017

O deputado Padre Pedro Baldissera alertou na terça-feira (10), na tribuna da Assembleia Legislativa, para um perigoso “clima de violência e Estado de exceção” no Brasil. O parlamentar reiterou a preocupação com manifestações de extremismo, inclusive em setores significativos da política, da mídia e da justiça, e destacou que debates importantes, como políticas públicas, educação e segurança, são tratados de forma superficial e com viés preconceituoso.

“Vemos agressividade e violência sendo tratadas com naturalidade não só nas redes sociais, como na realidade. Vemos intolerância religiosa e política, e acompanhamos manifestações pedindo a morte e o extermínio deste ou daquele grupo, pelas motivações mais absurdas”, analisou. A situação, avalia Padre Pedro, alimenta uma onda de violência e intolerância que acaba contaminando toda sociedade.

Tragédia gera debate

O parlamentar lamentou a morte do reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, e destacou a relação de cordialidade e de debate aberto, sobre diversos projetos, que mantinha com Cancellier. Padre Pedro observou que a tragédia vivida pelo reitor e por sua família gerou debates em diversos setores da sociedade. “E esse debate aconteceu, em parte, porque no clima criado no País também se acusa e se aponta culpados com muita facilidade. E utilizando a luz espetacular da mídia”, disse.

“Fico me questionando se essa é a justiça que buscamos. Será que é esse o caminho? Será que tratar a todos e todas como condenados sumariamente é a saída para a moralização do país?

Será que não aprendemos nada com tantas e tantas famílias pobres dilaceradas pela injustiça? Será que não aprendemos nada com mais de 20 anos de uma ditadura que custou milhares de vidas e a democracia de nosso País?”.

Padre Pedro apontou um quadro de estado policialesco que, ao invés de fazer justiça, transforma em condenados pessoas que não passaram sequer pelo devido processo legal. Segundo ele, a dor da acusação por suspeita, sem provas, causa crime covarde e perverso. “Imaginemos o constrangimento a que foi submetido o reitor da UFSC ao ser preso, antes de ser ouvido”, lembrou, lamentando o conteúdo da declaração dos padres da Pastoral Carcerária, que dizem ter sido proibidos de prestar atendimento espiritual a Cancellier. “Isso é muito grave, porque se soma a outras garantias constitucionais que foram desrespeitadas”, complementou.

Por fim, Padre Pedro defendeu a apuração de todo e qualquer desvio, a validade da lei para todos e todas, e que a polícia e o sistema de justiça sejam autônomos e livres para exercer seu trabalho. “E também queremos que, do pobre ao rico, todos e todas tenham o direito de se defender e principalmente o direito a não serem tratados como condenados antes da sentença transitada em julgado. Que a justiça promova a justiça e defenda a vida acima de qualquer coisa”, disse.


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