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 Administrar a educação, planejar o futuro

Publicado em 27 de Março de 2008

Dizer que a educação é fundamental para o futuro de qualquer país é chavão desde o início do século passado. Questiono, então, o que alguns governos esperam para começar a efetivamente "administrar" a educação, e com isso, gerir também o futuro. A crise nas escolas públicas estaduais de Santa Catarina, hoje, é o resultado da omissão e do descaso na administração da educação.

É claro que alguns fatores maiores, como os próprios problemas sociais, agravam o quadro. Mas o essencial, neste caso, é a falta de planejamento, de perspectivas mínimas para a evolução qualitativa e quantitativa da estrutura física, de trabalho e no que se refere ao quadro de servidores da educação.

Vamos a exemplos mais claros e simples. O Governo do Estado encaminhou Medida Provisória (MP) criando o Prêmio Educar, abono concedido exclusivamente aos professores que estão em sala de aula. Exclui professores em licença e aposentados. Não há, na proposta, qualquer previsão de quanto isso custará aos cofres do Estado. Bem, se há pouco dinheiro para melhorar a estrutura e os salários, penso que qualquer recurso deve ser tratado com cuidado. No mínimo, espero que saibam quanto gastarão.

Outra questão. Diversas escolas foram construídas ou reformadas recentemente. Sem qualquer explicação plausível, em dois, três anos elas enfrentam problemas de estrutura. Bem, se o dinheiro é contado centavo a centavo, se não temos recursos, aguardo uma razão para que sejamos obrigados a gastar, mais uma vez, para contornar um problema que julgava-se resolvido.

Fazer "política pública" de educação não é usar a educação como política. É preciso pensar e planejar com mais responsabilidade, para que não sejam apenas ações casuísticas, como "abonos", reformas de fachada e ações paliativas. E não adianta, tampouco, gastar alguns milhões em marketing e publicidade, para tentar convencer que está tudo bem.

O município de Guaraciaba, que administrei de 1997 a 2002 enfrentava, há 12 anos, todo tipo de dificuldade financeira, contudo, não deixou de debater com o quadro de servidores uma saída para a educação do município, e para seus trabalhadores e alunos. O resultado, hoje, é que o Plano de Cargos e Salários permite um vencimento digno aos educadores e trabalhadores, que levou a mais qualificação profissional. Nem por isso o município está quebrado. Pelo contrário, mantém uma gestão de excelência em diversas áreas.

Não houve mágica, apenas austeridade, planejamento e prioridades. E uma delas foi valorizar o professor, qualificá-lo e melhorar sua estrutura de trabalho.

Deputado Estadual Padre Pedro Baldissera


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