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 Agricultura familiar e desenvolvimento rural

Publicado em 10 de Setembro de 2013
O fortalecimento da agricultura familiar traz centenas de oportunidades de crescimento à sociedade, não só econômicas, mas sociais. Considerada a principal atividade de muitas regiões de Santa Catarina, ela é garantia de renda para milhares de famílias, tem função de equilíbrio entre as populações urbanas e rurais – porque é termômetro para o êxodo dirigido às grandes metrópoles – e garante alimento na mesa dos catarinenses.  
A lógica da agricultura familiar é específica, tem valores construídos lá na colônia, a partir de uma relação íntima entre o ecossistema e o agricultor e a agricultora. As suas tradições culturais são influenciadas por esta interação, que se incentivada e bem trabalhada através de políticas públicas será mantida também pelos sucessores. Quem aprende o valor da terra, e como cuidar dela, sabe que é possível produzir alimentos de qualidade, com respeito ao meio ambiente. E é este o centro da agricultura familiar.  
O agricultor familiar é um foco fundamental de transformação na medida em que altera seus sistemas produtivos, seus cultivos, a utilização de insumos, de acordo com suas necessidades, sem contratar mão-de-obra extra e muitas vezes com foco em demandas regionais. O grupo familiar é o que orienta as mudanças. E, junto disso, sua relação com outras famílias, em cooperativas ou associações. 
A relação do agricultor familiar com sua terra não se pauta apenas na produção para a comercialização, mas ele se identifica com o lugar no qual trabalha e vive. Em muitos casos, foi no mesmo “pedaço” de terra que seus antepassados viveram, o que torna o lugar carregado de identidade, de cultura, enfim, de vida. 
Nestes sistemas de organização familiar a ecologia não representa somente a base de sua estrutura de produção, mas uma dimensão abrangente, relacionada à totalidade da vida do agricultor e um fundamento de reprodução social da família. É um dos pilares para a eliminação da pobreza e suporte essencial ao processo de redistribuição de renda.  
É preciso garantir à agricultura familiar acesso ao crédito, condições e recursos tecnológicos para a produção e manejo sustentável, bem como garantias de comercialização da sua produção, para que seu potencial se concretize. A ausência dessas garantias impõe sérias restrições à modernização da agricultura familiar e, principalmente, à capacidade que tem de manter-se competitiva e colaborando com nossa sociedade. Enquanto o agronegócio absorve 95% do financiamento agrícola do País, a agricultura familiar alimenta nossa população com 5% dos investimentos. Se queremos repensar nossos rumos, esta pauta coloca-se como fundamental.  

Padre Pedro Baldissera - Deputado Estadual/PT-SC


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