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Representantes de associações de moradores, conselhos de seguranças, comerciários e população em geral debateram sobre a segurança pública de Chapecó e região na última segunda-feira (03/07) na audiência promovida pela Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). O evento, que aconteceu na Câmara de Vereadores de Chapecó, contou com a participação de diversos membros do poder público e autoridades das polícias militar e civil, além do secretário de estado da segurança pública e defesa do cidadão, Dejair Vicente Pinto.
A audiência foi presidida pelo deputado estadual Padre Pedro e requerida pelo vereador de Chapecó, Marcelino Chiarello (PT). Padre Pedro destacou que o ambiente democrático da audiência possibilita que a população se organize e participe cobrando ações que garantam a segurança, que é um direito de todo cidadão.
Algumas pautas foram propostas para o debate, como a implantação de uma delegacia especializada para atendimento às mulheres vítimas de violência, o aumento do efetivo da polícia civil e militar e de agentes prisionais, a reforma e ampliação da estrutura física e a articulação entre as instituições da segurança pública e a sociedade civil para ampliar a atuação dos Conselhos de Segurança (CONSEGs).
O secretário de estado da segurança pública e defesa do cidadão apresentou opiniões sobre as pautas e as possíveis melhorias que poderão acontecer. Segundo ele, a organização do sistema de segurança pública no estado está defasada há mais de dez anos, “o aumento no número do efetivo da polícia civil e militar é uma necessidade urgente”, comentou.
O público participou reivindicando soluções que amenizem o crescimento dos crimes na região. O secretário recebeu um documento de representantes dos cinco CONSEGs da cidade que solicitam a permanência de policiais em Chapecó e a compra de 8 viaturas, além da participação do secretário em uma reunião dos Conselhos.
A manifestação do policial militar, Rudinei Lugnotti, comprovou a dificuldade enfrentada na cidade. Segundo Lugnotti, a polícia não tem equipamentos, nem logística para desenvolver seu trabalho. “Em Chapecó temos cinco viaturas para garantir a segurança da população, quando no mínimo deveríamos ter quinze. Além disto, não adianta contratarem poucos profissionais para suprir as necessidades, pois em três anos cerca de 20% dos policiais da cidade estarão aposentados”, afirmou o policial.
O secretário respondeu aos questionamentos do público e declarou ser evidente as dificuldades encontradas e a falta de equipamentos, mas contestou que a redução no número do efetivo acontece em todo o país. Para ele, as audiências públicas contribuem para que os comandos aprendam e atentem para os pedidos das comunidades. “Este debate é recente e deve ser permanente para cobrarmos as ações e convencermos as autoridades do poder público de que não se gasta em segurança, mas sim se investe”, comentou Vicente Pinto. O secretário se comprometeu em criar ações que melhorem as condições da segurança pública na região e solicitou que a população continue cobrando a construção de um novo modelo de políticas permanentes para a segurança no estado.