Uma audiência pública na próxima quinta-feira (12/07), às 14h, retoma na Assembléia Legislativa o debate sobre o processo de criminalização dos movimentos sociais. Desta vez, a principal motivação para o encontro foi a ação desmedida da Polícia Militar contra os servidores municipais em greve na Capital.

O encontro ocorre cerca de um ano depois dos casos de agressões e prisões arbitrárias de pessoas que se manifestavam contra o aumento da tarifa do transporte coletivo na Capital, em 2006. Na época os fatos também levaram a Assembléia a discutir os fatos e encaminhar denúncias ao Ministério Público. O pedido da audiência é do líder da bancada petista, deputado Padre Pedro Baldissera.

O parlamentar se disse chocado com as imagens demonstrando a violência com que a Polícia Militar atuou na retirada dos servidores grevistas das dependências do Pró-Cidadão, no último dia 15 de junho. "É lamentável que o funcionalismo, exercendo seu direito à manifestação pacífica pelas suas reivindicações, seja tratado como um movimento criminoso", afirmou na tribuna da Assembléia Legislativa.

O parlamentar condenou o comando da ação, afirmando que ficou clara a ausência de necessidade para uma resposta tão drástica. "É um fato que se repete com diversos movimentos. Tanto o Governo do Estado como o próprio comando da segurança não compreendem esses grupos como forças representativas da sociedade e os tratam como criminosos", disse Padre Pedro.