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 Movimentos acusam Estado de tentativa de cooptação

Publicado em 21 de Julho de 2007

A aprovação de uma moção de repúdio ao Governo do Estado, por não receber o Movimento das Mulheres Camponesas e Urbanas, foi o estopim de uma nova denúncia de cooptação contra integrantes do primeiro escalão do Executivo. O fato ocorreu durante a II Conferência de Políticas Públicas para Mulheres, em Florianópolis, nos dias 12 e 13 de julho.

Conforme denúncias de lideranças do movimento, pouco antes da votação da moção de repúdio, as mulheres que elaboraram o documento foram retiradas da plenária para uma conversa "em particular" com a secretária de Desenvolvimento Social, Dalva Dias e com a coordenadora de Políticas para as Mulheres, Vera Teixeira. Elas estavam em uma sala, acompanhadas de alguns seguranças. "Elas nos disseram que se não retirássemos a moção nunca mais seriamos atendidas e que sequer receberiam algum projeto", afirmou Rosalina da Silva, do Movimento das Mulheres Camponesas.

A moção, conforme o movimento, era um documento de repúdio exatamente contra a ausência de uma perspectiva de encontro com representantes do Governo do Estado. Mesmo depois da pressão, o documento foi aprovado pela ampla maioria das participantes.

Sete meses sem resposta

O Movimento de Mulheres Camponesas e Urbanas busca uma audiência com o governador Luiz Henrique da Silveira desde dezembro de 2006. No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o grupo entregou ao secretário de Articulação, Ivo Carminatti, uma pauta de reivindicações. Depois de mais três meses de espera, o Governo do Estado não deu qualquer retorno às propostas apresentadas.

Novas solicitações de audiências foram encaminhadas ao governo, contudo, o que realmente surtiu efeito foi o encaminhamento de notas de repúdio ao governador, pela ausência de respostas e pela falta de respeito com os movimentos de mulheres. "Depois das notas, a secretária Vera Teixeira entrou em contato com o Movimento de Mulheres Camponesas em Chapecó sugerindo diversas datas para a audiência. Nenhuma foi respeitada", explica Rosalina.

Depois das ausências em diversas reuniões, a nova promessa era uma audiência com os secretários de Educação, Saúde e Agricultura, no dia 29 de junho, às 14h. "Chegamos lá e haviam mudado o local do encontro sem qualquer aviso. Encontramos com a coordenadora Vera e um grupo técnico que estavam lá sem saber o que estava acontecendo", afirma Juci Mara Tomas, do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Urbanas.

Além das ameaças, Vera teria tentado a todo instante retirar a moção de votação com a promessa de que até a Chapecó o governador iria caso o pedido fosse atendido. Mesmo assim, tanto a moção de repúdio quanto outro documento, condenando a tentativa de cooptação, foram aprovados. Por outro lado, uma moção de aplauso ao governador foi rejeitada. Desde 2004, quando foi realizada a primeira conferência, nenhuma reivindicação das mulheres foi atendida e sequer o plano estadual foi publicado.


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