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 Comitê organiza Plebiscito da Vale do Rio Doce em Florianópolis

Publicado em 21 de Agosto de 2007

O Comitê que organiza o plebiscito sobre a Companhia Vale do Rio Doce na região Metropolitana de Florianópolis reúne-se nesta terça-feira, às 18h 30min, no Sinergia (rua Lacerda Coutinho, 149). O objetivo é acertar os últimos detalhes do plebiscito, que de 1° a 7 de setembro consulta a população sobre a proposta de reestatização da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).

Conforme um dos coordenadores estaduais do Plebiscito, Nauro José Velho, o objetivo é acertar detalhes sobre o envio das urnas e cédulas, além do material de divulgação do plebiscito. "Para votar as pessoas precisam estar informadas, por isso insistimos que nossos comitês promovam debates com suas comunidades até o último momento", explica.

No sábado (25), em Curitibanos, ocorre o último encontro estadual dos comitês regionais da campanha.

Razões para a revisão da privatização da CVRD

Em 1997 a Companhia Vale do Rio Doce, segunda maior mineradora do mundo, foi privatizada por R$ 3,3 bilhões, quando as avaliações mais pessimistas apontavam um valor no mínimo quatro vezes maior. Os avaliadores não incluíram no patrimônio da Vale, por exemplo, as reservas de urânio e as estruturas portuárias e ferroviárias, o que elevaria o valor da Companhia para cerca de R$ 90 bilhões. Hoje a CVRD vale U$S 100 bilhões.

O Bradesco, responsável pela avaliação, foi um dos integrantes do consórcio que comprou a CVRD, o que é proibido pela legislação brasileira. Mais de 100 ações populares questionando o leilão ainda tramitam na Justiça. Uma decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília, em 2005, determinou a continuidade de uma das ações, o que valida a campanha pela revisão do leilão da Companhia. Há juristas renomados, como Fábio Konder Comparato, que defendem inclusive que os autores do leilão sejam responsabilizados criminalmente.

Além de um preço inferior à avaliação e outras irregularidades, outro ponto questionado refere-se à exploração do subsolo nacional, que segundo a legislação somente pode ser feita por empresas nacionais. A parcela do lucro da Vale que seria destinada ao Estado, de 1998 até o primeiro semestre de 2006, seria suficiente para construir, equipar e manter em funcionamento 105 hospitais, 43 universidades, 128 mil casas populares e 1,03 milhão de assentamentos rurais.


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